sábado, 18 de setembro de 2010

Blu-rays: os sucessores dos DVDs

Você já ouviu falar em Blu-ray? Para quem está acostumado a acompanhar as inovações tecnológicas esse nome pode ser comum, mas há pessoas que nunca ouviram falar sobre o assunto. O Blu- ray é uma nova mídia, seu nome completo é Blu-ray Disc e foi criado com a proposta de substituir o DVD.

Com o mesmo tamanho dos CDs e DVDs, seu grande diferencial está na quantidade de armazenamento das informações. Existem Blu-rays com camadas simples que comportam 25 GB e os de camada dupla com capacidade para 50 GB de dados. Há dois tipos: os gravados e os regravados. Outra característica importante é a capacidade de oferecer vídeos em alta definição. Dessa forma o conteúdo visual tem uma excelente qualidade de imagem.

Talvez você tenha achado esse nome estranho e ao mesmo tempo semelhante à palavra inglesa blue. E está certo, foi escolhido justamente devido a isso. A ideia inicial era da mídia se chamar Blue-ray, que significa raio azul em português. Foi escolhido esse nome pela razão do feixe laser dos dispositivos responsáveis pela leitura dos discos serem azul-violeta, ao contrário do CD e do DVD, onde o feixe é vermelho. A letra “e” foi retirada, porque a expressão “Blue ray” é bastante utilizada no exterior e isso impediria o registro da marca.

Para quem ficou animado com a nova tecnologia e com vontade de adquirir um aparelho que reproduza Blu-rays, mas preocupado em ter que deixar de lado seus antigos DVDs, pode ficar tranquilo. Sobre esse assunto o Analista de Sistemas, Rafael Luis Guerra esclarece que os novos produtos têm capacidade de leitura tanto para Blu-rays como também para DVDs e CDs. “A entrada para os discos é a mesma, o diferencial está no aparelho reconhecer as três mídias”, comenta.

Guerra diz não utilizar ainda os novos “discos azuis”, mas acredita que no prazo de um a dois anos a mídia deverá fazer parte da rotina das pessoas, assim como os DVDs. Questionado sobre a substituição das mídias, destaca que o DVD não irá desaparecer assim como aconteceu com a fita cassete. “Quando o DVD surgiu as pessoas não deixaram de utilizar o CD, deve se levar em conta a necessidade de volume de armazenamento de informações. É possível ter cinco vezes mais espaço de armazenamento em relação a um DVD, que possui capacidade para 4.7 GB”.

O analista também ressalta sobre a qualidade da imagem depender muito dos aparelhos utilizados para a transmissão. Essa questão precisa ser levada em conta antes de comprar o seu novo eletroeletrônico. Sobre a vantagem da qualidade de imagem é necessário entender que a resolução de um DVD é de 720x480 pixels e a do Blu-ray é de 1920x1080 pixels, ou seja, seis vezes maior. Porém, a questão da diferença é pouco percebida em TVs com tubo de imagem ou mesmo nos modelos mais simples de plasma ou LCD.

De acordo com especialistas, a televisão ideal para a transmissão de Blu-ray é a Full HD, de alta definição. É através dela que o consumidor perceberá as vantagens da nova tecnologia. Quando a nova mídia começou a chegar ao Brasil, em 2006, o preço dos eletroeletrônicos custava cerca de seis vezes mais do que atualmente. Hoje é possível encontrar aparelhos por aproximadamente R$ 500.

Se a transição dos DVDs para os Blu-rays depender dos modelos de televisões, não demorará muito tempo. É só entrar em uma loja de eletroeletrônico e se deparar com os diversos modelos de aparelhos.

Com o aumento das vendas de TV de alta definição, impulsionado, principalmente pela Copa do Mundo, os “discos azuis” devem fazer parte da vida da população mais cedo do que seus fabricantes poderiam imaginar. Resta agora aos consumidores aguardar novos vídeos produzidos por meio dessa mídia e aparelhos cada vez mais avançados e o melhor, com preços também acessíveis como o do DVD vendido atualmente.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

TV Cultura: Será que sobrará algo dela?

Que jornalismo não sobrevive sem publicidade nunca foi novidade para ninguém. Jornal impresso sem anúncio e televisão sem comercial não dá liga. Me lembro da época da faculdade quando fazia aulas de publicidade e propaganda, isso aconteceu nos dois primeiros anos do meu curso. Na maioria das faculdades de Comunicação Social até o quarto semestre alunos de jornalismo e publicidade têm aulas dos dois cursos.

Tinha gente que "torcia o nariz" para as aulas de PP, assim como é chamada a faculdade de publicidade e propaganda, e alguns desse curso não gostavam nada das matérias de jornalismo.
Mas afinal, a publicidade não sobrevive sem bons textos, e alguns trabalhos desse segmento são escritos por jornalistas e na parte comercial de qualquer veículo jornalístico está presente o publicitário.

A respeito desse assunto, gostaria de desabafar sobre uma notícia que li e confesso que doeu. Ontem recebi em e-mail escrito em um blog de um colega jornalista sobre a questão das mudanças na TV Cultura. Esse e-mail fala sobre alguns possíveis cortes de programas da emissora e também que muitos empregos estão com seus dias contados.

Lógico que eu já sabia da situação da TV e outras notícias já foram divulgadas, então coisa boa não era de se esperar. O site comunique-se informou hoje que a instituição nega demissão em massa, porém alguns programas devem ser extintos, entre eles, o Vitrine.

Esse programa tem vinte anos de estrada e olha só que ótima ideia para se comemorar, acredito que se um programa ficou tanto tempo no ar, não pode ser por falta de opção. Particularmente gosto muito do Vitrine, é um dos programas mais antigos que assisto, me recordo de matérias bem interessantes, muitas delas apresentadas pela Maria Cristina Polli.

Gostaria então de voltar no ponto inicial sobre a união da publicidade e jornalismo, tem muita gente que nunca teve curiosidade de assistir um programa da TV Cultura. Afinal para quê, lá não vai mostrar algum artista da novela das oito, nem muito menos um grupo musical da moda.

Outro dia ouvi de uma moça de 22 anos: Arte para quê, não serve para nada, nunca vi utilidade nisso. Pergunta para ela quem veio no Faustão e com certeza vai saber responder. Não dá só para responsabilizar o Estado, nem o novo presidente da Instituição se ocorrer a extinção desse canal ou se ele se transformar em algo parecido com tantos outros canais.

A questão é mais profunda e tem haver com o próprio nome do canal. Sabemos que no Brasil a preocupação com cultura é de poucos e muitos dos que a têm preferem que os outros permaneçam na ignorância.

Não gosto muito de saudosismo, mas eu e meus irmãos crescemos assistindo os programas da Cultura e tenho certeza que contribuíram para o desenvolvimento da nossa criatividade, além de aprendermos com seus programas muito mais do que aqueles que assistimos em outras emissoras. Essas repletas de comerciais e milionárias, pois souberam explorar muito bem essa questão. Afinal tinham audiência.

Além dos programas, gostaria de recomendar o jornal de notícias desse canal, gosto do formato e da forma com que os fatos são noticiados, parece ser mais leve. Talvez seja, porque não dão importância para o sensacionalismo e exibem os fatos do jeito que são.

Talvez as coisas aconteçam lentamente, torço para que pelo menos não vire uma co-produtora, e compradora de programas internacionais como já foi cogitado por algumas pessoas e alguma coisa dê para salvar das mudanças que vem por aí.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Para todas as mulheres


Dia Internacional da Mulher sem distinção é data para todas as mulheres.Para aquela que luta para ser ouvida
e compreendida.

Hoje é dia da Dona Maria que revoluciona a sua comunidade, seu pequeno pedaço de mundo para que seus filhos e os de outras Marias possam ter o direito de uma vida mais digna.

Para a presidenta da empresa que lidera outras mulheres e homens. Para a jovem que deixou de ser menina e agora pensa que está chegando a vida adulta e não vê a hora de fazer 18 anos.

Para a menina que brinca de boneca e que muitas vezes é flagrada pela mãe brincando de sapato de salto só pensando como será a vida de mulher feita. Para a moça que estuda, pensa em ser médica, jornalista, advogada, jogadora de futebol, mas que sonha um dia encontrar alguém para se casar e ter filhos.

Para aquela que luta por dignidade, que não se deixa influenciar pelas maldades, consegue se tornar cada vez mais forte, quando as situações de suas vidas parecem fazê-las desmoronar.

Para aquela mulher que chora ao se emocionar, de desespero talvez sendo a única forma de desabafar, mas que se levanta, sacode a poeira e não se deixa vencer pelas injustiças.

Para aquela mulher que perde uma batalha, algumas vezes muitas, mas não se intimida e de cabeça erguida ao se levantar consegue mudar algo que parecia não ter saída e que conquista a admiração ao ser tão destemida.

Para a mulher de voz forte, para aquelas de gestos delicados, ou para as que falam quase sem parar, para aquelas que dão conselhos, tantas de coração mole ou duros como rocha, para as persistentes ou as que se deixam influenciar.

Todas elas são mulheres e com elas estão guardados tantas misturas de sentimentos que definem a palavra mulher. Para aquela que deu a luz e que daria sua própria vida para ver seu filho sã e salvo em situação de perigo.

Ou para aquela mãe que torce seja no concurso de modelo, na partida de futebol ou no quarto do hospital para que seu filho vença sem deixar nunca de acreditar.

Para todas as mulheres, hoje é o dia delas, da menina, da tia, da Joana, da Maria, da vó, da artista,da atleta, da manobrista, da enfermeira, daquela que é filha, mãe, conselheira e tantas outras que em tantas fases de suas vidas não esquecem suas peculiaridades e seus desejos de se tornarem mulheres cada vez melhores para si e para o mundo.


Foto: Google