segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Sai crise pra lá

Canais de televisão nos últimos dias que antecederam o Natal e após a data mostraram lojas no exterior oferecendo descontos de 20% e até 70% nos produtos. A população, principalmente americana e européia aparecia comprando pouco. O que mais se viu, foi: " Não temos dinheiro, esses descontos estão para quem tem".

Porém, uma cena me chamou atenção. Vi um brasileiro dizendo: "Temos que aproveitar, estamos de férias e adorando esses descontos".

Que ironia. Por mais rico que um brasileiro possa ser, não muito tempo atrás era difícil imaginar essa cena. Um americano dizendo: "Não temos dinheiro" e um brasileiro: "Esse mar 'está para peixe'. Vamos aproveitar a crise do primeiro mundo".

Já nos notíciarios brasileiros: " Crise, que crise? Eu não sei o que é isso". Essa era a resposta dos comerciantes quando eram questionados pelos repórteres sobre as vendas. E o que mais aparecia eram pessoas comprando, levando sacolas, caixas enormes e tudo que podiam carregar. Igual todos os anos.

O brasileiro parece que seguiu a risca o conselho do Presidente Lula de que se não comprarmos, daí sim os empregos estarão em risco. Li artigos dizendo que o governo brasileiro está "tapando o sol com a peneira" para não ver a realidade das coisas. Que a crise está mais perto do que se imagina.

Há como concordar, afinal os funcionários de empresas automobilístas estão "sentindo na pele isso". Afinal, empregos já se foram e em janeiro é que chega o "revelar" de muitas empresas.
E nesse caso não há como fechar os olhos. Pela extensão do problema a consequencia é sobrar para todo mundo.

Mas eu posso compreender muito bem o otimismo do presidente. Imagine um barco afundando e quem o está conduzindo desistir de lutar e começar a falar: "Todos aqueles barcos lá na frente afundaram, somente falta o nosso". Como ficará os tripulantes e passageiros do barquinho?

E uma pessoa que tem vizinhos que adquiriram uma doença contagiosa e dizem: "Dessa não vamos escapar, essa doença está atingindo todo mundo, acho que não sairemos ilesos. É melhor nem tomar vacina".

Desse jeito fica mais fácil para a doença "pegar ele de jeito". Mentalizou, só precisa agora aguardar o resultado. E depois não adianta botar culpa nos outros.

E pessimismo nunca ajudou ninguém. É melhor tentar ser otimista, mas com "pé no chão", para amenizar o que vier por aí do que começar a chorar amedrontado e esperar pelo pior. E dizer não tem saída. Afinal, fugir também não resolve, trabalhar no exterior dessa vez não vai dar mesmo, a "coisa tá preta por lá". E no Brasil temos o famoso jeitinho brasileiro de vencer os obstáculos do cotidiano.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Todo dia pode

O Natal se foi, ufa! Não sei se já aconteceu com você de ficar meio sem saber o que está sentindo. Se é tristeza, saudade, nostalgia, decepção ou aquele sentimento de por que não agi de forma diferente.

E também sentir-se mal, devido não existir lugar para a alegria que as pessoas que "enchem a boca" para falar de espírito de Natal diz sentirem.
Porém, esse não é um texto depressivo. Nem estou aqui para falar mal do Papai Noel ou do menino Jesus.

Nessa época natalina é comum ver as pessoas se esforçarem para serem melhores do que são. Ou então, deixar o que há de melhor nelas aparecer. É gente doando alimentos, brinquedos, roupas e tantas coisas.

E sentimento então. Irmão se reconciliando com irmão, pais e filhos que viajam de tão longe para se reencontrarem. Amigos que não exitam em se lembrar dos amigos. Seja com aqueles cartões de papel ou mais modernos e práticos, como os e-mails. Todos querem lembrar dos entes queridos.
E ao olhar para minha própria vida decidi que esse ano seria diferente.

Ao ver minha família completa, com saúde e a mesa cheia, não ficou lugar dessa vez para a melancolia natalina que todo ano costuma me visitar. Como se quisesse ser lembrada, igual meus amigos que me enviam pequenas ou longas mensagens bonitas.

Talvez o meu sentimento e de tantos outros em relação ao Natal seja uma pergunta: Por que não ter um pouquinho do espírito natalino no decorrer do ano todo?
Seria tão bom e não iria fazer mal para ninguém. Quem não gosta de receber uma mensagem bonita, um abraço, sorriso ou um almoço caprichado sem ser numa data especial?

E para muitos que não têm o mínimo, receber doações podem fazer a diferença.
É, dessas tantas coisas que descartamos e ficam atoladas no guarda-roupa o ano todo cheias de poeira.
Acho que eu e você pode fazer a diferença sem esperar para chegar o próximo Natal.