segunda-feira, 20 de abril de 2009

QI alto: hereditariedade ou oportunidade

Quem já não ouvir falar que QI alto é resultado da genética? Tem pessoas que costumam comentar: fulano "puxou" o pai. Ele sempre foi ótimo em matemática. Porém, um estudo realizado por Richard Nisbett, professor de psicologia da Universidade de Michigan conclui o contrário.

Nisbett explica em seu novo livro "Intelligence and How to Get It" (A Inteligência e Como Obtê-la) que a inteligência parece ser um fator hereditário nas famílias de classe média e afirma que poucas crianças pobres foram incluídas em estudos sobre QI.

Segundo ele, nos casos de famílias em estado de extrema pobreza, o QI não tem tanta importância porque, as crianças ficam "estacionadas", sem chances de desenvolvimento. Em seu livro há uma citação de outro estudioso, o professor Erick Turkheimer da Universidade de Virgínia: "Ambientes ruins suprimem o QI das crianças"

Richard Nisbett conta que crianças pobres após serem adotadas por famílias de classe média alta participaram de um teste onde foi registrado um QI de 107 . Após a adoção atingiram 111 em um outro teste. Seus irmãos que não foram adotados atingiram a média de 95 pontos em ambos os testes. O estudo concluiu também que nos meses de verão quando as crianças estão em férias escolares o nível de QI cai ou fica estagnado.

De acordo com o professor de psicologia, uma intervenção comprovada é dizer aos estudantes que o QI pode ser expandido, e que a inteligência é algo que se pode moldar. "Os alunos expostos a essa ideia trabalham melhor e tem notas mais altas. Isso é verdade sobretudo para as meninas em relação à matemática, aparentemente porque algumas assumem que têm uma desvantagem genética para os números, sem essa desculpa para o fracasso, elas se superam", diz Nisbett.

Os estudos justificam a importância do estímulo ao desenvolvimento intelectual desde a infância. É difícil não concordar que oportunidades de estudo e melhor qualidade de vida contribuem para a inteligência de uma pessoa. O que seria de Albert Einstein se nascesse em um país de extrema pobreza da África?

E ao longo da história foi possível perceber que QI fora da média não significa que a pessoa fará grandes realizações. Pessoas comuns e muitas vezes tidas como incapazez, mas que buscaram oportunidades contribuiram muito mais para o desenvolimento da sociedade. A razão pode ser explicada pelo fato de pensarem onde queriam chegar e quais estratégias precisariam utilizar para chegar a esse lugar.

Fonte: The New York Times (Tradução do Uol)

2 comentários:

  1. eu queria saber quantos dias fautam para acabar as aulas do ensino fundamental anne da tarde do 4ano eleonora

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  2. Acho que existem pessoas que já nascem superinteligentes, independente da genética e do meio. Se fosse genético os descendentes formariam um grupo privilegiado, o que não é comprovado pela ciência e pelo que nós comuns podemos facilmente analisar.

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